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A dura consciência do racismo

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Quando criança, muito antes de escutar os Racionais Mc's pedindo para os racistas otários os deixarem em paz, tomei conhecimento da palavra racismo e tive uma certa noção do seu significado e do que aconteceu em um passado não muito distante. Isso, depois de assistir uma série da TV americana que passou no SBT por volta dos anos 80. Essa série chamava-se “Raizes” e contava a história do escravo Kunta Kinte e seu sofrimento. Como eu era criança, não conseguia entender o porque de um ser-humano aplicar à outro tamanho sofrimento e dor. Questionando incansavelmente minha mãe sobre aquilo que eu assistia na TV, e depois de semanas de explicação, me senti indignado por esse passado da humanidade e como se tivesse participado dos atos infligidos aos negros, senti vergonha da cor da minha pele. Acho que o objetivo da série não era apenas retratar os fatos, mas também chocar as pessoas expondo o sofrimento e a crueldade. Afinal, o tema da abertura, que só agora descobri que não era or

Cracolandia.

Tenho observado, na mídia e na sociedade, muita reclamação sobre a ação da policia na cracolandia, nesse suposto processo de revitalização da região da Luz. Não sou especialista em drogas ou drogado, criminalidade ou administração pública, mas gostaria expor a minha opinião sobre o assunto. Opinião essa, de quem nasceu e cresceu em favelas da periferia de São Paulo, observando, involuntariamente, o comportamento de drogados e traficantes. Assisti em um telejornal, muitos moradores dos bairros vizinhos, reclamando da migração desses "zumbis", que não podem mais circular em seu "cemitério" (cracolandia), para seus bairros. Conseqüência disso, sempre tem algum especialista, em alguma coisa, expondo soluções para a situação. Um jornalista esportivo, da rádio de São Paulo, culpava a administração publica, por remove-los da Luz e não os colocar em abrigo adequado. Uma outra matéria sobre o mesmo assunto em um portal (não lembro agora), afirmava que se não fossem captu

Mashup!

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Mashup! Algumas fontes dizem que o termo Mashup veio da música, mais especificamente da eletrônica e significa misturar. Na música eles são visíveis em mixagens feitas por DJs que a partir de uma música e sua melodia, obtém-se outra a partir de suas batidas. Eu ainda estava na faculdade quando escutei pela primeira vez o termo mashup. Na época não me despertou nenhum interesse. Mas, a um tempo atrás, assistindo o quadro " Detetive Virtual " do Fantástico conheci um pouco mais sobre mashup. Na matéria (video abaixo), Tadeu Schmidt , falava de um mashup, que na época, era sucesso da web e da ITunes Store, e havia sido criado pelos " The Gregory Brothers ", a partir de uma entrevista para um telejornal norte-americano sobre uma tentativa de estupro. Achei aquilo tão incrível, que procurei na WEB pelos "The Gregory Brothers" e seus mashup, onde encontrei os " Bed Intruder Song" e " Nobel. health care. United Nations". Vale a pena a

Mudar é preciso!

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Como muitos já perceberam, não agüento ficar muito tempo com o mesmo visual, e por isso estou sempre mudado o cabelo. Ao logo dos meus 32 anos de idade, eu já fiz cortes afro como trança embutida (não tenho fotos) e black, já passei um bom tempo com a cabeça raspada na gilete, que dava pra ver a luz refletindo, já pintei de castanho claro e castanho escuro, além do preto é claro, já relaxei e fiquei com o cabelo todo cacheado, e até já alisei o cabelo. Recentemente, resolvi descolorir o cabelo, mas não para ficar loiro, quero descolorir o suficiente para ficar com o cabelo totalmente branco. Isso é um processo, é não dá pra ter o resultado esperado com apenas uma ou duas aplicações, mas fiquei muito satisfeito com o resultado após a terceira aplicação. Acho ótimo ter a possibilidade de mudar o cabelo sempre que tiver vontade, até porque, pelo menos no meu caso, isso nunca é algo definitivo, e apesar de não ter um CRLT+Z, é perfeitamente possível reiniciar o sistema com uma maquin

Procura-se dono de pulseira de ouro.

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Pulseira encontrada no dia 3/8. Post it esconde a escrita. No ultimo dia 3/8, após minha sessão de fisioterapia, isso por volta das 19h30, caminhava sentido ao estacionamento onde deixo meu carro, na rua Amaral Gurgel. Eu estava cansado devido a fisioterapia, por isso andava lentamente e cabisbaixo não vendo a hora de descansar dentro do carro. Mas, repentinamente, um brilho na calçada me chamou atenção, era simplesmente uma pulseira dourada. Acontecia trote no Mackenzie e havia muita gente pintada, rasgada e descabelada andando pelas ruas da região. Mas, apesar disso, o local onde encontrei a pulseira, na via de acesso da rua Amaral Gurgel para a rua Consolação, não havia ninguém além de mim circulando naquele momento, então peguei a pulseira e coloquei no bolso. Já dentro do meu carro, observando melhor a pulseira, e fiquei admirado com a sua beleza dourada, e a todo o momento eu queria pega-lá, senti-la e vislumbrá-la. Já no transito, e após receber pela terceira vez cons

Rancor ou mentira? Dos males, qual o pior?

Sei que não se deve guardar rancor de nada nessa vida. E desejar algo de mal, ou pelo menos, algo não muito bom, a uma pessoa, é errado. Mas negar um desejo é uma mentira! E mentir é errado. Desde criança, aprendi com meu pai, o valor e a importância do trabalho digno, e isso é uma lição que sigo a risca até hoje. A exemplo de minha mãe, que Deus a tenha, tento seguir o mesmo caminho da honestidade que ela trilhou em vida, por isso, trabalho honestamente desde meus 10 anos de idade e sem dúvida nenhuma, Deus e a vida tem me recompensado por isso. Minha mãe, sempre dizia que “quando Deus permite que algo ruim nos aconteça, é pra evitar que aconteça algo pior ainda”. E para provar que ela não estava errada, vou relatar alguns fatos da minha vida. Uma semana após completar 14 anos de idade tirei minha CTPS ( Carteira de Trabalho e Previdência Social ), e meu CPF (Não sou da época do CIC), e fiquei super feliz, pois era a possibilidade de arrumar em emprego de verdade. O que não demor

O primeiro palavrão a gente nunca esquece.

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Outro dia, assistindo um jogo do Corinthians no tobogã do Pacaembu, presenciei uma cena cômica que ficou guardada em minha memória. Como de costume, cheguei bem cedo ao estádio para escolher o melhor lugar para assistir o jogo. O estádio o ainda estava vazio, com poucos torcedores, e me dirigi ao centro da arquibancada para ter melhor visão do jogo, sentando bem próximo de um senhor que tinha a companhia de seus filhos, dois pequenos garotos que acredito terem entre 5 e 8 anos de idade. Os garotinhos sempre tentavam acompanhar o pai nos cantos entoados pelos poucos torcedores, e observavam tudo que os outros torcedores faziam para poder imitá-los. Antes do jogo, os times sobem ao gramado para fazer o aquecimento e reconhecimento do campo, e antes mesmo dos jogadores, o arbitro e seus assistentes subiram para se aquecer. E como é de costume, a torcida vaiou e proferiu todo tipo de ofensa aos mesmos. Nesse exato momento, em que o pai e quase toda a arquibancada, ofendiam o trio de ar